É fundamental garantir estabilidade e pagamento dos subsídios de Natal aos funcionários da SATA, afirma PS/Açores

PS Açores - Há 6 horas

O Vice-Presidente do Grupo Parlamentar do PS/Açores, Carlos Silva, criticou hoje o facto de o Governo ignorar a preocupação central dos açorianos - os salários, subsídios de Natal e estabilidade laboral dos profissionais da SATA – preferindo “fazer chacota e desvalorizar um problema sério que afeta centenas de famílias”.

“É uma vergonha que o Conselho de Administração da SATA esteja mais ao serviço do PSD e do Governo do que dos funcionários da empresa”, acusou o deputado, sublinhando que esta incerteza coloca em causa a tranquilidade dos trabalhadores e a capacidade operacional da transportadora.

Para Carlos Silva, esta postura é “incompreensível e irresponsável”, sobretudo quando a própria empresa tem histórico de atrasos em pagamentos e enfrenta um momento financeiro particularmente delicado.

O vice-presidente da bancada socialista lembrou ainda que a situação atual resulta de anos de má gestão, recordando o empréstimo do JP Morgan a juros superiores a 10% e o custo acumulado dos ACMI, superiores a 50 milhões desde 2022, contratualizados quando a companhia estava impedida de o fazer. “Os Açorianos estão hoje a pagar a fatura de decisões ruinosas”, afirmou.

O socialista alertou para a ausência de respostas do Governo Regional sobre como pretende financiar a SATA Internacional em 2026, numa altura em que a companhia enfrenta graves dificuldades e o Executivo está legalmente impedido de injetar mais dinheiro na empresa.

Carlos Silva considerou igualmente grave que o Presidente do Governo tenha omitido informações relevantes sobre a proposta apresentada pelo consórcio interessado na privatização, nomeadamente se existe ou não perdão de dívida – um ponto que, segundo o deputado, “levanta dúvidas sérias sobre a legalidade do processo” e nem sequer consta do caderno de encargos, sendo, portanto indispensável um esclarecimento imediato.

Por fim, o deputado do PS/Açores perguntou ao Governo se pondera não avançar com a privatização do handling, tendo em conta a especificidade deste serviço nos Açores e o facto de a Comissão Europeia exigir apenas a separação jurídica das áreas de negócio, não impondo a sua alienação.

 

Horta, 27 de novembro de 2025